sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O fim da greve

Acompanhamos, na última semana, o desfecho da nossa mobilização, que teve duração de 66 dias, fruto de muito trabalho e envolvimento.

Realizamos, neste período, não somente nossa contribuição ao movimento nacional, mas, também, aproveitamos para discutir e amadurecer o papel e a postura do Servidor Técnico-administrativo na construção de uma universidade mais democrática e participativa, sensível às necessidades da comunidade na qual está inserida.

Neste movimento, procuramos mostrar para a comunidade outra face da UNILA, mais humanizada, formada por pessoas que vivem na cidade, que têm família aqui e que conhecem as potencialidades que um projeto como este pode desenvolver na região. Com isto na cabeça, realizamos as atividades sociais da Greve:
  • Doação ao Centro de Nutrição Infantil de Foz - garantindo um quantitativo de alimentos suficientes para suprir um mês às necessidades do Centro.
  • Doação de Sangue
  • Sessão de Cinema para crianças da Escola Municipal Ponte da Amizade - possibilitando uma experiência diferente às crianças com vulnerabilidade sócio-econômica.
Tais ações aproximaram e mostraram que a UNILA não é só um espaço de estudos, mas de transformação da realidade local.

Além disso, aproveitamos para trazer à discussão temas importantes para nossa carreira e também para o desenvolvimento de nossa instituição. Continuaremos a discutir, mesmo após a greve:
  • Paridade;
  • 30 horas;
  • Processo de Avaliação do Servidor - progressão por Mérito e por Capacitação, entre outros temas relacionados ao movimento de greve.
Estas ações nos levaram a descobrir os líderes dentro do próprio movimento, e nossa maior contribuição e também nosso maior desafio será fazer com que estas lideranças continuem atuando no dia a dia da UNILA, contribuindo ativamente para a construção desta universidade.

Esta mudança de postura é nossa maior conquista, temos ainda muito o que caminhar, mas o primeiro passo já foi dado!

Parabéns a todos nós, voltamos ao trabalho dia 27/08.

Coordenação SindiUnila

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Nova data da Assembleia que irá avaliar propostas do Governo Federal

Informamos que a Assembleia Geral Extraordinária dos Servidores da UNILA foi remarcada para sexta-feira (17), às 9h, na UNILA Centro. A data teve que ser novamente mudada devido a uma nova reunião de negociação entre a Fasubra e o MPOG que será às 19h de hoje.

Esperamos que as orientações dessa reunião sejam divulgadas a tempo, para que possamos avaliar as propostas para a nossa categoria com todas as informações oficiais.

A última reunião de negociação resultou na seguinte proposta:

1 - Reajuste:
15% dividido em 3 vezes (2013, 2014 e 2015)

2 - Anexo IV (Para todos os níveis):
Primeiro Grau: 10%
Ensimo Médio: 15%
Ensino Médio com curso Técnico: 20%
Graduação: 25%
Especialização: 30%
Mestrado: 52% (não muda nada)
Doutorado: 75% (não muda nada)

3 - STEP (Atualmente é de 3,6%):
de 3,6% para 3,7% em 2014
de 3,7% para 3,8% em 2015

Somente o comparecimento da grande maioria garantirá que as decisões tomadas reflitam verdadeiramente o interesse do coletivo.

Esperamos todos lá!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Alunos da rede municipal participam de tarde de lazer na UNILA Centro

Os servidores técnico-administrativos da UNILA promoveram, na última terça-feira (14), uma tarde diferente para alunos da Escola Municipal Ponte da Amizade. Quarenta crianças, entre seis e dez anos, passaram a tarde no prédio da UNILA Centro, onde participaram de uma sessão de cinema. A atividade foi organizada pelo Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UNILA (SindiUnila), com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest/PR).



Além da exibição do filme, os servidores também ofereceram lanche, fizeram brincadeiras e pinturas de rosto para as crianças que participaram da atividade. A ação faz parte do calendário da greve dos servidores técnico-administrativos.





A UNILA é uma das 59 universidades federais que está com as atividades paralisadas desde o mês de junho. Na pauta da categoria está a reposição das perdas salariais dos últimos seis anos e o reajuste do piso, dos atuais R$ 1.034 para R$ 1.800. Os grevistas pedem ainda a revisão do plano de carreira, para que acompanhe a qualificação e o tempo de serviço dos funcionários. Outra reivindicação é a revisão do posicionamento dos aposentados na tabela salarial.

sábado, 11 de agosto de 2012

SindiUnila promove sessão de cinema para crianças carentes

Desde o início da greve da categoria, os servidores da UNILA se preocuparam não apenas em fazer manifestações e atos públicos, mas também em promover ações sociais que ajudem a sociedade iguaçuense.

Para a próxima semana, mais uma atividade está marcada. Na terça-feira (14) crianças que estudam na Escola Municipal Ponte da Amizade serão contempladas com uma tarde de lazer. Cerca de 40 crianças entre sete e dez anos estarão no prédio da UNILA Centro participando de exibição de filmes e atividades de recreação, promovidos pelos técnicos administrativos que aderiram a greve. A atividade inicia às 14h de terça-feira (14).

O movimento dos servidores da UNILA também já beneficiou o Centro de Nutrição Infantil. Numa campanha de doação de alimentos, a categoria conseguiu arrecadar alimentos suficientes para manter todas as crianças atendidas no local por um mês. Com o apoio de servidores do IFPR de Foz e da UTFPR de Medianeira, também foi realizado um mutirão de doação de sangue no Hemocentro de Foz do Iguaçu.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Movimento social, processo educativo e luta

Fernando José Martins

Há um significativo movimento grevista nacional ocorrendo em quase todas as  instituições de ensino superior brasileiras, movimentos em universidades estaduais, bem como em demais categorias profissionais. Movimento significativo, “escondido” pelos meios de comunicação de massa, contudo, de significativa relevância educativa para os sujeitos que o constituem, pois se trata de um processo que gera no interior das lutas, aprendizados de várias ordens: jurídico, relacional, epistemológico, ético, político, social, entre outros.

Alguns analistas questionam a inserção da greve no conceito de movimento social, em virtude de sua estrutura temporária e de organização efêmera. Porém, de acordo com as sínteses de estudiosos que dizem: “Movimentos Sociais são ações sociopolíticas construídas por atores sociais coletivos pertencentes a diferentes classes e camadas sociais, articuladas em certos cenários da conjuntura socioeconômica e política de um país, criando um campo político de força social na sociedade civil.” (GOHN, 1997, p.251) e de acordo também com outros analistas que concordam com as seguintes premissas, pode-se indicar que a greve cumpre as características acima.

Ocorre que, em um processo complexo como é a greve, há distinções e desafios que se acentuam. Portanto, o uso e a prática de uma categoria são essenciais para a compreensão e ação coletiva no movimento de greve: a categoria classe. Na sociedade capitalista, todos trabalhadores, públicos ou privados, são membros da classe trabalhadora. É justamente o sistema que tende a dividir essa classe. Independente dos setores, servidores, técnicos, professores, acadêmicos (e seus femininos, claro!!) em uma greve, em um movimento, e, sobretudo, na sociedade de classes, todos esses sujeitos pertencem à mesma classe trabalhadora. Assumir essa identidade coletiva é um passo importante para o êxito do movimento.

Todos esses setores (de uma classe só) sofrem oprimidos pela mesma fonte: o Estado, que sob o capitalismo, está subjugado por esse sistema. Vale ressaltar que uma das estratégias de desmobilização do movimento é justamente dividi-lo em categorias distintas. Como diria Maquiavel: dividir para reinar.

Ter clareza “contra quem” e com quem se faz um movimento é imprescindível. No que fora apontado, é necessário explicitar que, no caso universitário, quando o Estado sonega condições de trabalho, remuneração justa, estrutura universitária, sonega o avanço da ciência e tecnologia para a sociedade, sonega, ações de extensão que chegam diretamente à comunidade local, freia o desenvolvimento local.

E por quê? Quem ganha com isso é justamente o mercado. Ele cresce, as universidades, faculdades e institutos privados ganham força; a pesquisa, serviços estruturais que seriam públicos, são assumidos cada vez mais pela iniciativa privada, gerando lucros para alguns e custos para todos! Um simples olhar no resumo do senso da educação superior de 2010 pode-se constatar que 88,3% das instituições de ensino superior são privadas. O dado é de 2010. Certamente, hoje, já se intensificou.

Por fim, vale ressaltar o caráter educativo de um movimento como a greve, os processos de formação, debates, deliberações que são presentes entre os sujeitos que participam. E, o que é mais importante, a relação que se deve buscar com a sociedade como um todo. Fazer greve é dolorido para os sujeitos que participam e, por isso, as estratégias de ação devem amenizar esse sofrimento. Ao socializar os motivos e objetivos da greve, é necessário também socializar a função social da instituição na qual estamos inseridos. É importante aproximar a Universidade da sociedade local e contar com a adesão dela nesse processo de luta, partilhar, não só as pretensões que a mídia veicula - salários! Mostrar que a greve, além do plano de cargos, carreira e salário, quer ajudar no processo de democratização da universidade e, consequentemente, tornar essa universidade, instituto, faculdade, cada vez mais importante para a sociedade.

GOHN, Maria da Glória. Teorias dos Movimentos Sociais: Paradigmas Clássicos e Contemporâneos. São Paulo: Loyola, 1997.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Grevistas fecham Reitoria da UNILA

O movimento grevista dos servidores técnico-administrativos em Educação da UNILA continua forte. Nesta quinta-feira (09 de agosto), os manifestantes fizeram um ato público na Reitoria da Universidade, localizada no Edifício Rio Almada, na Avenida Tancredo Neves. A via é o principal acesso à UNILA, Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu e Unioeste.


A concentração iniciou às 7h30 da manhã, na Moradia Estudantil da UNILA (Avenida Tancredo Neves, 43 – antigo hotel Salvattin Campestre). De lá, os servidores caminharam até o UNILA Almada.


A atividade dos servidores da UNILA faz parte de uma agenda de manifestações pacíficas que acontecem entre quinta e sexta-feira (hoje e amanhã), em todo o país. O objetivo é pressionar o governo federal a apresentar uma proposta salarial que reponha as perdas dos técnicos administrativos em educação nos últimos cinco anos.


Uma reunião de negociação entre o Ministério do Planejamento e a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra), está marcada para esta sexta-feira (10), às 14h.


Servidores técnico-administrativos em educação de 57 universidades e 37 institutos federais estão de greve desde o dia 11 de junho.

Para ver mais fotos da mobilização do SindiUnila, acesse o Facebook do Sindicato.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O processo de construção das 30 horas

 A atividade semanal da próxima segunda-feira (06 de agosto) será uma palestra com a diretora do Sinditest, Judit Gomes, sobre o processo de construção das 30 horas.

Embora esta questão ainda não esteja na pauta local do SindiUnila, considerou-se importante começar a debater o assunto.

Excepcionalmente, o evento será realizado no campus localizado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), para oportunizar que também os servidores que não estão em greve e especialmente os recém-empossados participem. Todos estão convidados!

Data: Segunda, 06/08, às 14 horas.
Local: PTI - Bloco 09, sala 03.